Autocobrança e ansiedade
A autocobrança pode se tornar um problema psicológico muito sério, quando não tratada e controlada, inclusive vir acompanhada de doenças como a depressão e ansiedade.
Tem a ver com a cobrança que estabelecemos sobre nós mesmos.
Dificuldade de lidar com fracasso, frustrações.
A pressão que fazemos sobre nós e sem validar as conquistas já alcançadas, as metas concluídas. Ser exigente demais com intensão por vezes de evitar erros. Não admitir erros a pessoa que sofre de Autocobrança excessiva, pode adoecer. Por vezes aceitamos os erros alheios, mas não admitimos os nossos.
Idealizamos e projetamos muitas coisas e não executamos vivendo o momento presente. Expectativas em excesso de forma geradas acarretando, ansiedade. Por vezes adoecendo com o fracasso, por não acontecer do jeito que foi desenhado.
Entender que não conseguimos ser excepcional o tempo todo, faz toda a diferença. Ainda mais vivendo numa sociedade que nos exige o tempo todo. Nossa família nos exige, nossos relacionamentos nos cobram...o êxito permanente não existe. Temos fases, altos e baixos. Ampliar a percepção é primordial, para que não tenhamos uma vida angustiante. Criando patologias físicas com essa visão de crítica sobre nossos desempenhos. Com a autocobrança e adoecimento emocional e físico, podemos chegar ao ponto de desacreditar em nossas potencialidades. Desacreditar em quem somos.
Buscar uma vida com qualidade e leveza.
O adulto que se critica demais por vezes, foi uma criança que sempre agradou, "nunca deu trabalho", nunca decepcionou os pais, por fazer tudo que lhe foi exigido, sempre recebeu elogios e foi muito agradada. Ou há outra alternativa, foi uma criança muito cobrada, cobrada em excesso sem direitos de se expressar e a cobrança externa se tornou uma cobrança interna.
Uma criança que ouve que nunca deu trabalho ou sempre comparada que tinha sempre um bom desempenho. Comparada com outras crianças, sendo exigida não fazer igual sem contestar. Sem haver diálogo, na relação entre pais e filhos. Quem nunca decepcionou? É possível que a forma de ver a vida o levou a tal comportamento. Não há regra, mas sofrer frustrações, decepções, ouvir críticas contribui na construção do sujeito.
Nós mulheres por vezes temos a tendência a sempre dizer uma premissa: " Dou meu jeito" !
E nem sempre damos conta, mas fazemos de tudo para dar.
Pensamentos assim geram crenças limitantes e podem sem extremamente prejudiciais.
No mês do dia Internacional da mulher, venho aqui trazer essa reflexão, pois nossa criança interior ferida pode influenciar muito nas atitudes de nossa vida adulta. Muitas mulheres buscam estar sempre se criticando e sempre se cobrando. Seja na maternidade, vida profissional, relacionamentos, essas cobranças sempre aparecem. Como mãe nos cobramos a respeito de dar atenção aos filhos, por vezes exageramos em elogios e falta de percepção de que a criança também não é perfeita e precisa se frustrar e entender que nem tudo é possível, que o mundo não gira em torno do próprio umbigo.
Não tenho a intenção de culpar os pais, cada um é " perfeito" dentro da imperfeição de cada um, afastar nossos filhos da realidade que nos cobra perfeição e que nem sempre é possível atingir.
E nós mulheres também, buscamos sempre estabelecer uma harmonia e contudo agradar as pessoas ao nosso redor, servindo, aceitando, proporcionando... Em fim! Faça o seu melhor e seja sensata em analisar as adversidades da vida. Precisamos dar conta de equilibrar as críticas.
O que vem a cabeça com relação ao termo errar é humano?
E porque o errar com você é diferente?
Autocobrança, seja ela em que momento for da vida do sujeito, pode ser comprometedora para uma vida prospera e leve. Saber o que fazer ao errar, ao não dar conta...
Digerir que nunca agradaremos a todos!
Compreender que nossa saúde mental e física é prioridade. E nem sempre será possível dar conta e salva o mundo.
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