quarta-feira, 1 de março de 2023

Autocobrança e ansiedade


 A autocobrança pode se tornar um problema psicológico muito sério, quando não tratada e controlada,  inclusive vir acompanhada de doenças como a depressão e ansiedade.

Tem a ver com a cobrança que estabelecemos sobre nós mesmos.

Dificuldade de lidar com fracasso, frustrações.

 A pressão que fazemos sobre nós e sem validar as conquistas já alcançadas, as metas concluídas. Ser exigente demais  com intensão por vezes de evitar erros. Não admitir erros a pessoa que sofre de Autocobrança excessiva, pode adoecer. Por vezes aceitamos os erros alheios, mas não admitimos os nossos.

Idealizamos e projetamos muitas coisas e não executamos vivendo o momento presente. Expectativas em excesso de forma geradas acarretando, ansiedade. Por vezes adoecendo com o fracasso, por não acontecer do jeito que foi desenhado.

Entender que não conseguimos ser excepcional o tempo todo, faz toda a diferença. Ainda mais vivendo numa sociedade que nos exige o tempo todo. Nossa família nos exige, nossos relacionamentos nos cobram...o êxito permanente não existe. Temos fases, altos e baixos. Ampliar a percepção é primordial, para que não tenhamos uma vida angustiante. Criando patologias físicas com essa visão de crítica sobre nossos desempenhos. Com a autocobrança e adoecimento emocional e físico, podemos chegar ao ponto de desacreditar em nossas potencialidades. Desacreditar em quem somos.

Buscar uma vida com qualidade e leveza.

 O adulto que se critica demais por vezes, foi uma criança que sempre agradou, "nunca deu trabalho", nunca decepcionou os pais, por fazer tudo que lhe foi exigido, sempre recebeu elogios e foi muito agradada. Ou há outra alternativa, foi uma criança muito cobrada, cobrada em excesso sem direitos de se expressar e a cobrança externa se tornou uma cobrança interna.

Uma criança que ouve que nunca deu trabalho ou sempre comparada que tinha sempre um bom desempenho. Comparada com outras crianças, sendo  exigida não fazer igual sem contestar. Sem haver diálogo, na relação entre pais e filhos. Quem nunca decepcionou? É possível que a forma de ver a vida o levou a tal comportamento. Não há regra, mas sofrer frustrações, decepções, ouvir críticas contribui na construção do sujeito.

 Nós mulheres por vezes temos a tendência a sempre dizer uma premissa: " Dou meu jeito" !  

E nem sempre damos conta, mas fazemos de tudo para dar. 

Pensamentos assim geram crenças limitantes e podem sem extremamente prejudiciais.

No mês do dia Internacional da mulher, venho aqui trazer essa reflexão, pois nossa criança interior ferida pode influenciar muito nas atitudes de nossa vida adulta. Muitas mulheres buscam estar sempre se criticando e sempre se cobrando. Seja na maternidade, vida profissional, relacionamentos, essas cobranças sempre aparecem. Como mãe nos cobramos a respeito de dar atenção aos filhos, por vezes exageramos em elogios e falta de percepção de que a criança também não é perfeita e precisa se frustrar e entender que nem tudo é possível, que o mundo não gira em torno do próprio umbigo. 

Não tenho a intenção de culpar os pais, cada um é " perfeito" dentro da  imperfeição de cada um, afastar nossos filhos da realidade que nos cobra perfeição e que nem sempre é possível atingir. 

E nós mulheres também, buscamos sempre estabelecer uma harmonia e contudo agradar as pessoas ao nosso redor, servindo, aceitando, proporcionando... Em fim! Faça o seu melhor e seja sensata em analisar as adversidades da vida. Precisamos dar conta de equilibrar as críticas.

O que vem a cabeça com relação ao termo errar é humano? 

E porque o errar com você é diferente?

Autocobrança, seja ela em que momento for da vida do sujeito, pode ser comprometedora para uma vida prospera e leve. Saber o que fazer ao errar, ao não dar conta...

 Digerir que nunca agradaremos a todos!

Compreender que nossa saúde mental e física é prioridade. E nem sempre será possível dar conta e salva o mundo.


terça-feira, 8 de março de 2022


 Já ouviu falar da Síndrome da Mulher Maravilha?

Não é uma doença, mas é um comportamento que acarreta inúmeras doenças, como esgotamento físico e mental, estresse, ansiedade e até mesmo transtornos de personalidade. 

Acreditamos que precisamos dar conta de tudo, inúmeras tarefas para nos reafirmar e sermos reconhecidas na sociedade e no mercado de trabalho. 

Precisamos reconhecer nossas imperfeições, nossos limites, nossas sombras. Somos falhas como todo ser humano. 

Mas principalmente exaltar nossas potencialidades, nosso desejos, sonhos e habilidades. Ser gentil conosco. 

O ato de sororidade compete na empatia, cumplicidade umas com as outras, reconhecer que unidas podemos fazer a sociedade refletir sobre o patriarcado,  desigualdade social e desigualdade de gênero. Somo todos mulheres com inúmeros potencias, inúmeros dons. Dotadas pela intuição!

Temos que respeitar o sagrado feminino, ser heroína das nossas vidas.

Por séculos caladas, sem direito a voz, direito de opinar, tolidas de manifestar o que sentimos e pensamos. Precisamos resgatar o que temos de melhor, como por exemplo, nossa sabedoria e conhecimentos ancestrais. Mulheres nunca tiveram medo de não ter como alimentar sua prole, sua família... Em sua natureza se anula para cuidar do outro, por vezes esqueci que para cuidar precisa estar bem. Desempenhar seu papel de forma consciente e intuitiva, faz toda a diferença na trajetória a percorrer.

Após séculos ainda lutamos para conquistar um espaço, provar que a mãe natureza nos presenteou com dons divinos. Temos hoje tantos papeis sociais e tarefas mal distribuídas, esquecemos quem somos.

Simplesmente somos nós, esquecemos de valorizar a pessoa mais importante da nossa vida! 

Ouvir nossa intuição? Desaprendemos quando nos afastamos da nossa ancestralidade.

Somos responsáveis pela criação de nossas crianças, não sabemos partilhar por vezes nossos conhecimentos, da maneira que deveríamos. Sendo guiadas pelo sistema, pela sociedade. 

Acumulando ao passar dos séculos questionamentos como autocuidado e autoconhecimento! 

Há tempos buscando reconhecimento, somando tarefas, atribuições dentro e fora de casa para nos auto afirmarmos, para sermos aceitas. Temos que ter o cuidado com a nossa saúde mental, com nosso corpo, somos seres em construção, imperfeitas...mas que na nossa imperfeição somos perfeitas para desempenhar nosso papel social, ainda não está tão bem compreendido. 

Mulheres que se predispõem a desempenhar, papeis múltiplos, por vezes esquecem de se autocuidar, autoconhecer. Deveria fazer parte das grades escolares a temática de autocuidado, para todos os gêneros, assunto essencial para vivermos melhor em sociedade. Tipo mais amor por favor!

Pra cuidar do outro eu preciso me permitir! (adoro essa frase "Se permitir" kkkk)

Se permitir é o passo para a busca da sua identidade, que está em construção. Um processo diário, onde devemos nos perceber, agir com atenção plena nas tarefas. Faço com meus pacientes uso de uma técnica em terapia que é Mindfulness. (Posso em outra oportunidade explicar melhor)

Fazer a percepção, como se fosse um escaneamento das vivencias no presente momento, ressignificando, tarefas que aparentemente são corriqueiras. Olhar de iniciante, como se fosse a primeira vez! 

Não como exatamente no filme " Como se fosse a primeira vez, mas ter a oportunidade de fazer levantamento de detalhes, não antes percebido. 

Vamos seguir nossa intuição, vamos nos respeitas, nos amar mais. Saber que somos maravilhosas em tudo que colocamos amor e dedicação. A sentença é buscar ser feliz, um dia de cada vez, não há conquista sem luta. E precisamos lutar de forma pacífica para um mundo melhor entre as relações.


#autoconhecimento 

#sororidade

#síndromedamulhermaravilha 

#respeitoamulher

segunda-feira, 7 de março de 2022

Tu ama teu próximo, como ama a si mesmo?

 Certa vez um homem na terra disse: Ama, teu próximo como a ti mesmo! Falamos de autoestima com frequência, mas muitas pessoas não tem ideia que tem haver com amor-próprio ou autoamor.

Momento sublime de se olhar, se reconhecer e saber, o que há de benéfico para servir aos outros. 

Estarmos prontos para nos doar de forma consciente e disponível, a caridade para o próximo depende da caridade para conosco. Por vezes, investimos energia para agradar os outros, desejando um elogio, um reconhecimento vindo de fora. Contudo, esquecemos que para amar o próximo, devemos estar de bem conosco. 

Amar é aceitação, é compreender, saber que hoje somos a nossa melhor versão. O meu próximo também deve estar nessa busca, talvez não no mesmo nível que nós. E precisamos entender que todos precisam passar pelo processo de autoamor. Joguemos para o universo, nossas intenções conscientes e acreditando na mudança da humanidade, onde cada um fazendo sua parte, teremos a certeza na mudança que queremos ver no mundo.

"Não há caminho para a felicidade, a felicidade é o próprio caminho." Gandhi

Quando nos amamos, sabemos o que é melhor para nós. Dificilmente vamos nos agredir, todavia sabemos como tratar os outros também. A contemplação do belo nos permite, conduzir nossa vida em harmonia. Pequenas coisas que devemos reconhecer em nós mesmos, precisam ser exaltadas, reverenciadas, elevadas, tendo o entendimento que hoje somos melhores que ontem, amanhã seremos melhores que hoje.

É importante identificarmos nossas cresças limitantes, temos a possibilidade de modificar padrões e esquemas que beneficiam a saúde física e mental. 


sábado, 29 de janeiro de 2022

Por que psicólogo de casa não faz milagre?

A intensão deste Blog é lançar reflexões de autoconhecimento, autocuidado e autoamor. Por vezes desejamos mudar o mundo e consequentemente as pessoas ao nosso redor, contudo como inúmeros filósofos, religiosos, espiritualistas, cientistas proferem que nós devemos ser a mudança, que desejamos ver no mundo.
Entretanto, precisamos entender que o processo de autoconhecimento ou autoencontro é íntimo, individual e intransferível.
É preciso ter coragem, para deixar de ser o 'homem velho e se tornar o homem novo".
A vida nos convida a ressignificar, reelaborar, transformar nossas ideias e comportamentos, mediante as experiências da vida. Constantemente passamos por momentos transformadores, situações que nos abalam físicamente, mentalmente, socialmente, financeiramente. O se permitir é relativo e de suma importância no processo do autoencontro, para que tenhamos qualidade de vida e bem- estar. 
É possível que neste processo, o sujeito se sinta sozinho, literalmente num deserto íntimo, pois o deserto nos remete a solidão. Quantos de nós, já não tivemos a sensação íntima de gritar e não está sendo ouvido(a) ou compreendido(a), olhar e não ver ninguém ou quem está, não aparenta ser confiável ou competente a nos acolher. Não ter ninguém que será possível lhe compreender ou aceitar...
Você perceberá que só depende de você. Vão dizer que está estranho, usarão termo, que está louco(a), fazendo coisas que não fazia antes, que aparente está mudado. 

O autoencontro, não necessariamente é dentro do processo terapêutico. Na busca pela maturidade e saúde mental, que independe da idade, o sujeito pode se encontrar. Identificando seus gostos pessoais, atividades que lhe proporcionam prazer, enfim. Mas como psicóloga, compreendendo a importância de uma ajuda profissional. Pois em muitos caso, essa jornada é dolorida demais. principalmente em questões existenciais mal resolvidas, seja na infância, ou recente. 
Saber ter convicções do que deseja ou do que é capaz, faz toda a diferença. Contudo saberá seus limites, seus gatilhos e saberá o que convém que façam com você. Entendendo com humildade a postura da sociedade frente a você, observando que cada ser humano no universo não está no mesmo grau, limiar evolutivo ou melhor dizendo, de maturidade que o outro.
O autoencontro dói, mas é necessário. O sofrimento na vida, compreende-se que é opcional. Se dará conta de suas sombras, suas mazelas, suas manias, neuroses, será por vezes assustador. Mas de você depende o seu processo evolutivo, dentro do contexto psicossocioemocional. 
Estamos no mês de Janeiro, onde considera-se o Janeiro Branco uma campanha governamental, com o objetivo de chamar a atenção da população, da humanidade para a saúde mental e emocional. O mês que inicia o ano pelo nosso calendário, de forma simbólica e cultural é onde muitas pessoas fazemos inúmeras projeções pessoais e profissionais e condições existenciais. Entretanto, para conclusão das mesmas, deduz ser necessário a busca por equilíbrio da saúde mental. É como se nossa vida virasse a página e está como uma folha em branco, sendo necessário reescrevê-la, buscar inspiração para preenchê-la. 
Em que limiar de maturidade emocional estamos? Sabemos o que nos trás saúde mental e possa nos levar ao aoutoconhecimento ou autoencontro? 
Se convide para sair e bata um papo com você e descubra o caminho. 
  



Autocobrança e ansiedade  A autocobrança pode se tornar um problema psicológico muito sério, quando não tratada e controlada,  inclusive vir...